Em Silêncio (2011):

 “Em Silêncio”, 2011. Direção: Hwang Dong-hyuk. Para quem acompanha o noticiário local e nacional, vez ou outra se fala de casos de pornografia infantil. Algo que nos deixa humanamente envergonhados, de pensar que alguém possa corromper a ingenuidade de uma criança com suas taras sexuais. Mas tem muito mais coisas nesse mundo e nessa área que possamos acreditar e suportar. “Nesse mundo de caviar e jabá, tudo dá”, disse alguém. Esse filme coreano, baseado num livro, trata do caso real de abusos sexuais e outras atrocidades cometidas por professores de uma escola para crianças com deficiência auditiva em uma cidade coreana. Temos a história de Goblin, um professor novato e impotente que ao lado de uma funcionária de Direitos Humanos, Gang, busca denunciar a situação, levando a público os relatos das crianças, já que havia uma estrutura em torno que acobertava a situação. Há também uma menção ao fato do diretor do colégio ser um líder religioso, cuja comunidade não aceita tal acusação. Há a exploração da pobreza e corrupção. Tudo isso posto, não é um filme para todo mundo. As cenas explícitas são chocantes e o desenrolar revoltante. Um filme denso que pode provocar gatilhos e um mal-estar. Confesso que demorei a dormir repensando a história. Só depois desse filme a história veio à tona com novas discussões e a investigação foi reaberta e outras situações terríveis vieram a conhecimento público. Na época a mídia não repercutiu o caso. Por causa do filme a escola foi fechada e a população exigiu mudanças na legislação. A Lei ‘Dogani’ (nome original, em coreano, do filme) foi criada para rever o estatuto de limitações para crimes sexuais contra crianças menores de 13 anos e mulheres com deficiência e aumentar a pena máxima para prisão perpétua. Talvez esse artigo só sirva para você ficar atualizado quanto ao que se trata. Se tiver ‘estômago’, vale conferir. Onde ver: Netflix.

Trailer do filme disponível no YouTube.


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