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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

Dica da semana:

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  “Amor, Sublime amor”  (West Side Story), 1961. Direção: Robert Wise. Musical/Drama. A eterna história de Romeu e Julieta ganha aqui uma nova versão em Nova York, nos anos 50, onde gangues rivais juvenis disputam um território, em busca de autoafirmação. O filme apresenta primorosas cenas de balé, acompanhadas de diversas canções que se tornaram bastante popular. No enredo Tony, descendente de italianos, apaixona-se pela porto-riquenha Maria, mas os preconceitos étnicos, então dominantes, dificultam a realização desse amor, sem contar que ambos pertencem a gangues diferentes e rivais. O filme elabora várias reflexões em torno do comportamento juvenil, da influência do ‘grupo’, também uma crítica à vida social americana. Sua refilmagem já está pronta, sob a direção de Steven Spielberg, sem data de lançamento prevista para o Brasil até o momento. “Do ponto de vista pedagógico, o filme é um importante subsídio para professores de arte, sobretudo em termos de música e dança. A atração exe

Drama: Agnus Dei (2016)

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  “Agnus Dei”,  2016. Direção: Anne Fontaine. Drama. Inspirado em fatos reais. Uma jovem médica francesa que assistia aos feridos da guerra franceses, num vilarejo polonês em dezembro de 1945, se vê diante de um grupo de religiosas de clausura que foram violentadas por soldados durante a segunda grande guerra, e algumas estão grávidas; secretamente ela tenta ajudar no nascimento dessas crianças e na superação do trauma. Um tema delicadíssimo é tratado de forma sensível.   “Admitamos, guerra e violência sexual são duas coisas que em geral andam juntas, desde os primórdios da humanidade. Em muitas batalhas, mulheres foram o incentivo pré-batalha e o prêmio dos vencedores depois das mesmas. Estuprar as mães, esposas e filhas dos opositores sempre foi uma forma de humilhar os homens do outro lado. Não importa o período, é um risco ao qual as mulheres sempre são expostas. A novidade aqui é invadir um lugar sacro e maculá-lo com violência – e violência do pior tipo. E “Agnus Dei” consegue co

Dicas da semana:

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  “O Quarto de Jack” , 2016. Direção: Lenny Abrahamson. Aproveito o retorno desse filme ao Netflix, para apresentar esse drama/suspense interessante, adaptado de um livro de mesmo título (inspirado num caso real), que conta a história de Joy e Jack, mãe e filho que vivem isolados num quarto, prisioneiros de um sujeito chamado Nick. Acompanhamos a rotina de uma mãe que faz de tudo para tornar aquele cativeiro suportável ao seu filho. É justamente no aniversário de cinco anos de Jack que sua mãe elabora um plano para escapar desse cativeiro. Poesia e trauma se entrelaçam na narrativa entre a experiência do cativeiro e o mundo lá fora. “A readaptação é dura e exige da personagem um esforço para o qual ela não estava preparada. Já a atriz, sim. Brie encara com uma honestidade surpreendente o buraco negro do trauma para o qual a “heroína” é tragada.  Embora cada um dos momentos (cativeiro e "vida real") seja retratado de forma sublime, a desigualdade entre eles na representação