Luz, Câmara, Ação!

  Romero,  1989. Direção: John Duigan. Cada momento da nossa história produz os seus mártires e santos ou as duas coisas numa só pessoa. Nosso filme descreve a atuação do arcebispo de El Salvador, Dom Oscar Romero (Raul Julia), na luta pelos direitos e dignidade humana. O povo salvadorenho vive sob a repressão do exército e das elites do país. Os jesuítas que residem na região realizam um trabalho de conscientização junto aos camponeses a fim de que eles pudessem reivindicar os seus direitos. Dom Romero era considerado um conservador, mas dotado de um profundo senso de humanidade, ele se torna cada vez mais sensível aos sofrimentos do povo indefeso e espoliado. Assim vai tomando algumas atitudes simbólicas como rejeição da política atual não permitindo que a Igreja seja instrumentalizada para consolidar as elites do poder. Ele se torna um arauto da paz e não concorda com aqueles que pretendem obter a justiça com a luta armada.  “Romero enfoca o papel significativo desempenhado pela Igr

  Pinóquio,  2022. Direção: Robert Zemeckis. Chega diretamente no serviço de streaming a nova versão da história de Pinóquio (A animação original remonta ao ano de 1940), um boneco construído por Gepeto (Tom Hanks) que para este seria uma espécie de consolo pela perda do filho. Nesse amor com que se dedica à confecção do mesmo, uma fada faz com que ele venha a falar e ter independência, mesmo sendo ainda um boneco de madeira. Temos o Grilo falante, que atua como a ‘consciência’ do imaturo Pinóquio, e os outros personagens em Live-Action que completam essa aventura de descobertas que fazemos junto com o personagem central. As críticas não são as melhores, mas particularmente achei um bom filme.   A releitura funciona pela universalidade da história, que trabalha temas como bondade e a importância de ser honesto.  Onde ver: Disney+    Trailer do filme.

  “Platoon” , 1986. Direção: Oliver Stone. Drama de Guerra. O diretor nos oferece uma reflexão sobre a guerra do Vietnã e particularmente sobre os americanos enviados para a mesma a partir do olhar do jovem Taylor (Charlie Sheen) que se alista como voluntário. Acompanhamos seu estado de espírito pelas cartas endereçadas à avó. Aos poucos ele vai despertando de um certo idealismo para dura realidade de sobrevivência e do erro que admite ter cometido.  “Na apresentação do filme, o diretor cita uma frase de sabor bíblico: ‘Regozija-te, jovem, em tua juventude’. Para milhares de norte-americanos, a Guerra do Vietnã representou, de fato, a morte de seus sonhos juvenis.  Platoon  é um filme paradoxal: ao mostrar a crueza e a violência da guerra, com todo o seu caráter desumano, transforma-se, pela via da negação, num poderoso libelo em favor da paz e da fraternidade entre os povos, ultrapassando os limites das fronteiras políticas”   (Riolando Azzi –  Cinema e Educação 2  – Paulinas).  Onde