Séries II
Algumas séries
dos últimos tempos nos deixam ‘confusos’ quanto a moralidade de certos atos e
de certos personagens; embaraçando o nosso raciocínio, nos vemos simpatizando e
até torcendo por tal personagem, mesmo que seu lado pior vá se revelando
gradualmente ao longo da série, chegando a absurdos. Assim nasceu Walter White,
o anti-herói da série Breaking Bad (Netflix). Em cinco
temporadas acompanhamos a história desse professor de química que se descobre
com um câncer e se desespera não tanto com sua doença, mas com a sobrevivência
dos seus, quando partir. Assim ele rompe com a moralidade e passa a canalizar
seu talento científico para uma atividade ilícita: a fabricação de
metanfetamina, uma droga devastadora. Uma série viciante por suas reviravoltas
mirabolantes, mas harmoniosamente orquestrada, que nos permite acompanhar os efeitos
da corrupção moral sobre o destino de um ser humano. Esse tipo de personagem já
nos fora apresentado nos anos 90 quando conhecemos a série Família
Soprano (HBO GO). “Breaking Bad é uma lição de
como escolhas corruptas envenenam o caráter até a morte deste – se bem que os
germes da maldade talvez estivessem lá desde sempre. É lícito matar em nome da
família? Qualquer que seja o desfecho da série, essa última questão já tem
resposta: a ideia de usar um meio destrutivo para proteger mulher e filhos só resultou
no desmoronamento do edifício familiar” (Marcelo Marthe – Revista
Veja).
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