Séries VII

 

Ultimamente tenho levado muito tempo para concluir uma série. Às vezes vejo duas séries ao mesmo tempo, conforme o tempo de cada episódio. Gostaria de indicar duas séries que consegui concluir esse mês. A primeira agora está no HBO Max, que substitui o HBG GO e está com uma boa promoção para novos assinantes. “Mare of Easttown”: temos a história de uma detetive de uma pequena cidade que acabou de perder um filho, está separada e é cobrada pela conclusão de um caso de desaparecimento de uma jovem local. A situação não podia ser pior dentro de si e ao seu redor. Vamos acompanhando seu modo de lidar com o luto e novas situações que vão surgindo na cidade e que não a deixam quieta. A série dosa bem drama, suspense, romance, relacionamento familiar.... Com excelentes interpretações, minissérie. “Com um roteiro original, a série liderada por Kate Winslet é um raro exemplo de produção que parece existir além de sua trama. Em Easttown, uma gama de personagens existe para criar contexto e atmosfera, e é construída com tanta proeza que forma um pano de fundo quase palpável de tão verdadeiro” (Julia Sabbaga – Omelete). 

Trailer da série Mare of Easttown.


A segunda na Netflix, uma ficção com o pé na realidade: “Sweet Tooth” trata de um vírus fabricado em laboratório que se espalha pelo mundo causando mortes e deixando atrás de si uma nova geração de humanos que nascem com traços de algum animal, obviamente são rejeitados e até caçados por serem considerados culpados de tal situação. Acompanhamos a história de um deles, protegido e educado, parte numa aventura para descobrir sua história auxiliado por um ex-caçador de sua espécie. O ator principal, um garoto bastante voluntarioso, destaca-se em sua interpretação. Com doses de meiguice, tristeza, suspense e aventura, é uma série tamanho família. 1ª Temporada, ainda se aguarda confirmação da segunda, uma vez que a série se conclui sem responder um mundo de perguntas sobre o destino dessa nova espécie e sobre uma cura para a pandemia. 

Trailer da série Sweet Tooth.


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  “Virgem Maria” , 2024. Direção: D. J. Caruso. Tomando alguns tópicos do livro apócrifo “Evangelho de São Tiago” (não aceito como ‘revelado’ pela Igreja) o filme constrói uma mirabolante história em torno da Virgem Maria que vem desde a sua concepção por Ana, até a sua chegada ao Templo para apresentar o Menino Jesus. Há muita licença poética em todos os sentidos, transcende história e cultura (imprecisões), para mostrar uma Virgem Maria diferente, apesar de não cometer, aparentemente, nenhuma heresia. Eu diria que o filme exagera ao tentar construir uma história com uma linguagem mais próxima de nossa época sobre o papel de Maria na história salvífica. José parece meio patético. Maria é tentada ao estilo “Paixão de Cristo” de Mel Gibson, com a constante presença de Lúcifer. O anjo Gabriel é uma figura ‘meio-termo’ com suas tatuagens e roupagens. Enfim: não recomendo. Onde ver: Netflix. Trailer do filme disponível o YouTube.
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