Luz, Câmara, Ação!

“A História Oficial”,  1985. Direção: Luiz Puenzo. Esse excelente filme argentino nos conta a história de uma professora de história, Alícia, que se vê confrontada por um grupo de alunos sobre a verdadeira história da ditadura militar que ela parece desconhecer. O enredo se passa em Buenos Aires, durante o ano de 1983. O retorno de uma amiga do exílio faz com que, pouco a pouco, Alícia comece a dar-se conta da situação de violência e injustiça imposta pelos militares, durante os anos da ditadura. Aos poucos, ela acaba sendo envolvida como parte de uma história que a versão oficial escondia ou negava.  “De forma muito oportuna, mediante um sério tratamento do tema, o filme procura ‘passar a limpo’ esta dolorosa página da ‘guerra suja’. Em termos didáticos, constitui uma ótima oportunidade para os professores de história discutirem os processos de investigação científica e os critérios para garantir a seriedade da pesquisa. Além dos aspectos humanos e éticos enfocados pelo filme,  A Hi

  “Esperança e Glória”,  1987. Direção: John Boorman. Misto de comédia e drama. Mais um filme de guerra, a segunda, visto pelo olhar de uma criança, que personifica o próprio diretor. Estamos na Inglaterra, as crianças que não foram enviadas para fora do país participam das situações da guerra como uma aventura cheia de emoções. Reunidos em gangues, os garotos realizam suas incursões no meio dos escombros, colecionando projéteis não detonados, não sem passar por um ritual de iniciação, para ver a coragem do mesmo. Mas o principal ponto do filme é perceber o amadurecimento em meio a essa situação particular, o universo familiar, a formação da personalidade masculina, as separações, a vida em seu cotidiano. “O enredo oferece elementos para uma análise penetrante da psicologia infantil. Enfoca, sobretudo, a diversidade de reações de adultos e das crianças diante dos eventos marcantes da vida” (Riolando Azzi – Cinema e Educação - Paulinas). Globo de Ouro de melhor filme. Onde ver:  Não

  “Cabo do Medo”,  1991. Direção: Martim Scorcese. Não é difícil encontra certa influencia religiosa nos filmes de Scorcese, pois como ex-seminarista, manteve a atenção voltada para problemas de natureza religiosa. É dele o polêmico  “A Última Tentação de Cristo”  e  “Silêncio”  sobre a ação missionária dos jesuítas no Japão, dedicado ao Papa Francisco. Neste filme de suspense temos a história de Max Cady (Robert De Niro em sua sétima parceria com o diretor), um ex-condenado, psicopata, que ficou encarcerado por 14 anos e quando sai vai atrás do seu advogado, e família, que omitiu informações que teriam alterado a decisão do júri. Mas ele pretende fazer isto da forma mais legal possível, pois enquanto cumpria pena estudou todos os aspectos legais possíveis.  O filme, em meio ao seu suspense contínuo e progressivo, oferece elementos para uma reflexão sobre questões que atingem de modo mais profundo e amplo a organização da sociedade. Coloca-se em evidência os limites da lei e da apl

“Amor e Monstros”,  2020. Direção: Michael Matthews. Um filme para assistir sem compromisso. Um misto de comédia romântica, suspense e ação pós-apocalíptica. Joel é um dos sobreviventes, que vivem em esconderijos, de uma chuva de meteoros que transforma todos os seres minúsculos em grandes monstros. Seu grande amor vive em outro ponto e assim, mesmo com todos os seus medos, resolve ir ao seu encontro, atravessando um cenário de destruição e perigos constantes. Divertido e com bons sustos. Indicado ao Oscar de efeitos especiais.  “Tendo dito isso, o grande trunfo do filme dirigido por  Michael Matthews  é que ele sabe dosar seus momentos de humor com muita emoção. Ao invés de focar nos monstros ( como muitos filmes do gênero cometem tal erro ), o coração da trama está na humanidade de seus sobreviventes. Os diálogos do roteiro de  Brian Duffield  ( A Babá ) e  Matthew Robinson  ( Dora e a Cidade Perdida ) carregam muita sinceridade, fazendo o público se identificar rapidamente com os