Dica da semana:
“Cabo
do Medo”, 1991. Direção: Martim Scorcese. Não é difícil
encontra certa influencia religiosa nos filmes de Scorcese, pois como
ex-seminarista, manteve a atenção voltada para problemas de natureza religiosa.
É dele o polêmico “A Última Tentação de Cristo” e “Silêncio” sobre
a ação missionária dos jesuítas no Japão, dedicado ao Papa Francisco. Neste
filme de suspense temos a história de Max Cady (Robert De Niro em sua sétima
parceria com o diretor), um ex-condenado, psicopata, que ficou encarcerado por
14 anos e quando sai vai atrás do seu advogado, e família, que omitiu
informações que teriam alterado a decisão do júri. Mas ele pretende fazer isto
da forma mais legal possível, pois enquanto cumpria pena estudou todos os
aspectos legais possíveis. O filme, em meio ao seu suspense contínuo e
progressivo, oferece elementos para uma reflexão sobre questões que atingem de
modo mais profundo e amplo a organização da sociedade. Coloca-se em evidência
os limites da lei e da aplicação da justiça na vida social. O outro enfoque está
em Max, injustiçado, mas seu desequilíbrio mental o transforma numa espécie de
justiceiro divino. “Diante dessas duas posições, a conclusão lógica pode ser
expressa nos seguintes termos: se é difícil conviver com a fragilidade das leis
humanas, essa situação torna-se impossível quando as pessoas se julgam no
direito de realizar, na terra, a justiça divina. [...] podem ser feitas
oportunas considerações a respeito do atual terrorismo de conteúdo religioso, e
cujas ações são registradas, com certa frequência, pelos meios de comunicação
social” (Cinema e Educação – Riolando Azzi – Paulinas). Onde ver: Tele Cine
(esteve disponível na Netflix...).
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