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Mostrando postagens de junho, 2020

Cinema Nacional

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“Saneamento Básico – O Filme”,  2007. Direção: Jorge Furtado. Essa comédia fortemente marcada por uma crítica social e política, traz para nós, de modo muito simples, a história de uma família do sul do país que tem que lidar com uma fossa formada por esgoto a céu aberto. Eles vão na prefeitura buscar uma solução; esta, por sua vez, não tem verba para resolver o problema. Mas lá eles ficam sabendo que existe uma verba disponível para produção de um vídeo de ficção. A solução, portanto, seria levantar o dinheiro do vídeo, gastar o mínimo possível em sua realização, e aplicar o restante no encanamento da fossa.  “De fato, qualquer coisa é mais importante que a cultura... Aquilo que poderia ser uma comédia clássica se transforma numa divertida reflexão sobre o sentido social do cinema, sua linguagem e condições de produção. Chega a ser comente o prazer com que os personagens se envolvem na feitura do roteiro e nas filmagens de uma hilariante história de horror chamada  O monstro da fossa

Drama: Baleias de Agosto (1987)

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“Baleias de Agosto”,  1987. Direção: Lindsay Anderson. Nesses últimos tempos o assunto ‘terceira idade’ vem sempre a pauta, ainda mais num país que envelhece gradativamente. O cinema não podia ficar de fora desse assunto ( ver mural aqui ). Neste filme, de roteiro sensível e delicado, acompanhamos a vida cotidiana de duas velhas irmãs, isoladas numa ilha, à margem da agitação urbana. O filme nos oferece uma primorosa análise psicológica das personagens, tão diferentes; enquanto Sarah é romântica e sonhadora, sua irmã Libby, já cega, ao contrário, é marcada por sentimentos de vaidade e ciúme, tendo uma visão mais racionalista da existência, deixando-se abater pelo pessimismo. O encontro das duas mãos enrugadas e marcadas pelo tempo, dá início a uma das sequências mais belas do filme, marcando a aproximação de ambas. As baleias do título é um elemento simbólico, pois o pai costumava dizer que elas regulavam o ciclo das estações, trazendo na cauda, sementes de plantas de outras regiões. E

Drama

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“Edward, mãos de tesoura” , 1992. Direção: Tim Burton. Este filme também traz a marca da fantasia e do romance em seu roteiro. Tim Burton ( veja mural, confira aqui ) constrói uma fábula inspirada em seu gosto por filmes de terror e uma certa crítica social. Uma vendedora da Avon, tão desesperada por uma venda, se aventura em uma mansão abandonada e encontra Edward vivendo no isolamento. Ela resolve leva-lo para sua casa, sua filha vai do nojo ao amor por Edward. Assim ele é inserido em um pequeno subúrbio e a narrativa mostra as tentativas de Edward, um excluído social, de achar um nicho para si na sociedade. Tendo vivido só por quase toda a vida, ele não tem nenhuma compreensão das normas de comportamento da sociedade, e sua deformidade é um elemento perigoso em potencial, até mesmo nos atos mais simples, como gesticular durante uma conversa. Uma história de amor que precisa ser vista nas suas entrelinhas. Onde ver: YouTube. Capa do Filme Edward mãos de tesoura . Clique na imagem e c

Musical:

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 O gênero musical de cinema talvez seja um dos que menos agrada ao brasileiro, mesmo tendo muitos clássicos nessa área. É difícil entender, pois somos um povo que tem, de certo modo, a musicalidade na veia. Confesso que os musicais de animação da Disney sempre me cansavam um pouco, ainda bem que eles diminuíram a dose, mas não deixaram de ter sempre uma canção que ‘casa’ bem e, de certo modo, explica a história. Trago aqui alguns grandes musicais e suas belas mensagens. Há sempre um romance no ar, mas se pode perceber outros temas paralelos que ajudam a refletir, além de divertir. Uma coisa que sempre recomendo é nunca assistir um musical se estiver cansado ou tarde da noite...   “A Noviça Rebelde”,  1965. Direção: Robert Wise. Podemos até considerar uma sessão da tarde, mas é um clássico dentre os tantos musicais de Hollywood. O filme, inspirado em fatos reais, conta a história da religiosa Maria, que sai do convento para se tornar a governanta dos sete filhos do capitão Georg von

Animação: A Fuga das Galinhas (2000)

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“A Fuga das Galinhas”,  2000 (no Brasil). Direção: Peter Lord e Nick Park. Essa animação trabalha com bonecos de massa (tem um nome em inglês... stop motion ), um método bastante trabalhoso, diga-se de passagem. Numa fazenda inglesa, um grupo de galinhas vive o seu dia a dia sonhando com uma vida melhor. Uma delas, Ginger, está planejando como escapar voando desse local, que mais parece um campo de concentração. Mas galinhas não voam. Até o dia em que aparece um galo, Rock, que tenta ensinar as galinhas a voarem, sem muito sucesso. Mas eis que o trabalho em equipe, a determinação e um pouco de sorte, vai levar este destemido grupo a uma última tentativa para conseguir a liberdade. Excelente! Divertido e criativo! Onde ver: YouTube; Tele Cine Play.  Cena do Filme A fuga das galinhas (2000).

Drama: A Cor Púrpura (1986)

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“A Cor Púrpura”,  1986. Drama/amizade/superação - Direção: Steven Spielberg. Fiquei bastante impressionado com essa história baseada num romance do mesmo nome que denuncia, através de um conto Alice Walker, prêmio Pulitzer), o constante conflito racial dos EUA (veja no mural outros filmes, c lique aqu i ). Temos a história de Célie, uma mulher afro-americana que mora no Sul e que sobreviveu ao abuso e intolerância de seu pai. Ela é dada em casamento e só vê as coisas piorarem. O filme é marcado pela superação constante da protagonista, lutando contra as portas que o mundo lhe fecha, combatendo crueldade com amor, dor com alegria. Não é certamente o melhor filme de Spielberg, mas gosto muito dessa história e do modo como é contada. Apesar das várias indicações ao Oscar, não levou nenhum prêmio, sendo reconhecido em outros setores de premiações. Onde ver: Google Play e YouTube. Trailer do Filme A Cor Púrpura (1986)

Comédia:

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Talvez esse seja um dos primeiros gêneros mais populares do cinema. Temos o primeiro filme do gênero em 1895 por Luís Lumière, um dos irmãos Lumières, reconhecidos como inventores do cinema, apesar da história apresentar outros envolvidos nessa invenção que talvez tenham precedido os irmãos franceses. “De lá para cá, a comédia no cinema passou por diversas transformações. Primeiro na dependência da ação visual e o humor físico, passando por histórias alegres em que o único objetivo era entreter o público e chegando até produções com comentários políticos e sociais com a intenção de usar a arte para fazer diferença na sociedade. No entanto, nunca perdendo a principal essência do gênero: fazer o seu público rir e se divertir” (Rosebud). E nesse mundo da comédia também encontraremos vários subgêneros que vão da comédia pastelão, passando pelo humor negro, e aquelas que divertem e também fazem pensar. Deixo aqui algumas que vi e gostei. Boas risadas sem deixar de pensar, pois algumas piada