Cinema Nacional
“Saneamento Básico – O Filme”, 2007. Direção: Jorge Furtado. Essa comédia fortemente marcada por uma crítica social e política, traz para nós, de modo muito simples, a história de uma família do sul do país que tem que lidar com uma fossa formada por esgoto a céu aberto. Eles vão na prefeitura buscar uma solução; esta, por sua vez, não tem verba para resolver o problema. Mas lá eles ficam sabendo que existe uma verba disponível para produção de um vídeo de ficção. A solução, portanto, seria levantar o dinheiro do vídeo, gastar o mínimo possível em sua realização, e aplicar o restante no encanamento da fossa. “De fato, qualquer coisa é mais importante que a cultura... Aquilo que poderia ser uma comédia clássica se transforma numa divertida reflexão sobre o sentido social do cinema, sua linguagem e condições de produção. Chega a ser comente o prazer com que os personagens se envolvem na feitura do roteiro e nas filmagens de uma hilariante história de horror chamada O monstro da fossa” (Luciano Ramos – Os melhores Filmes Novos – Contexto).
“Gonzaga, de pai para
filho”, 2012. Direção: Breno Silveira. Aproveitando esse clima junino que
já caminha para seu final, trago como indicação essa cinebiografia do Rei do
Baião, focada mais na relação entre Luiz Gonzaga e Gonzaguinha. O filme se
inspira nas quinze horas de conversas gravadas entre Gonzaguinha e Luiz Gonzaga
no início de 1980, uma verdadeira terapia em família documentada por um filho
em busca de compreender o próprio pai. O filme tem um tom novelesco, muito
comum no cinema nacional, mas tece uma bela homenagem à memória de um dos
principais responsáveis pela divulgação dos ritmos nordestinos no Brasil afora.
Gonzaguinha não contou com o apoio do pai para seguir a carreira de músico, que
o queria formado. O apoio financeiro que deu ao filho, no entanto, não
compensou sua falta de tato afetiva nem a constante ausência, cicatrizes que
marcaram Gonzaguinha até a vida adulta. O filme nos narra a trajetória de Luiz
até chegar a fazer sucesso. Seis diferentes atores dão vida aos Gonzagas pai e
filho em diferentes etapas da vida. Mas a força do filme reside mesmo no
encontro ora explosivo, ora conciliador entre pai, já idoso e falido, e filho,
no auge de sua carreira como cantor e compositor. “Gonzaga, de pai
para filho desnuda dois ícones da música brasileira e mostra a essência
do Rei do Baião e do ousado e rebelde cantor que desafiou a ditadura. Não é
apenas o retrato de uma família famosa: é a história de pai e filho em busca de
se conhecerem, ainda que tardiamente” (Carla Maria Carreiro – Revista
Ave Maria). Premiação: Grande Prêmio do Cinema Brasileiro: Melhor Longa
Metragem Ficção; Melhor Direção; Melhor ator coadjuvante; Melhor Ator e Melhor
Som. Onde ver: Globoplay.
Muito bom já assistir é recomendo.....
ResponderExcluirObrigado!
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