Comédia:

Talvez esse seja um dos primeiros gêneros mais populares do cinema. Temos o primeiro filme do gênero em 1895 por Luís Lumière, um dos irmãos Lumières, reconhecidos como inventores do cinema, apesar da história apresentar outros envolvidos nessa invenção que talvez tenham precedido os irmãos franceses. “De lá para cá, a comédia no cinema passou por diversas transformações. Primeiro na dependência da ação visual e o humor físico, passando por histórias alegres em que o único objetivo era entreter o público e chegando até produções com comentários políticos e sociais com a intenção de usar a arte para fazer diferença na sociedade. No entanto, nunca perdendo a principal essência do gênero: fazer o seu público rir e se divertir” (Rosebud). E nesse mundo da comédia também encontraremos vários subgêneros que vão da comédia pastelão, passando pelo humor negro, e aquelas que divertem e também fazem pensar. Deixo aqui algumas que vi e gostei. Boas risadas sem deixar de pensar, pois algumas piadas estão repletas de “terceiras intenções”...

“Meu Namorado é um Zumbi”, 2013. Direção: Jonathan Levine. Para esses tempos novos e para quem gosta de zumbis, esse filme atinge vários gostos, pois mistura comédia romântica com histórias de zumbis. Inspirado no livro “Sangue Quente” de Isaac Marion, o filme conta a história de R (Nicholas Hoult), um zumbi que passa por uma crise existencial tentando se adaptar à sua nova condição. Em uma de suas caçadas, encontra Julie (Teresa Palmer), uma possível vítima, mas por quem acaba se apaixonando e fará de tudo para conquista-la. Essa paixão acaba reacendendo a chama humana que existia dentro dele e causa uma reação em cadeia em outros mortos-vivos. Bonito e divertido. Onde ver: Google Play e YouTube; Prime Video.

Capa do filme Meu namorado é um zumbi (2013). Clique na imagem para ver o trailer dublado.

“Luzes da Cidade”, 1931. Direção: Charles Chaplin. Constitui um dos últimos exemplares do cinema mudo. Considerado um dos gênios do cinema, Chaplin nos apresenta a história de um vagabundo que se apaixona por uma florista cega. Ele fica sabendo que ela despejada de sua casa, e tenta de todas as formas ajuda-la, até que um milionário salvo por ele, o recompensa, possibilitando salvar sua florista. Adaptada a qualquer público, essa comédia além de agradável entretenimento proporciona-nos uma reflexão de natureza sociocultural. O tema geral da abordagem do autor é a solidariedade existente entre os marginalizados da sociedade, que é bem mais forte e ampla do que a apregoada beneficência dos ricos em favor dos pobres. O filme discute perfeitamente o tema da exclusão social, focando-se naqueles que vivem marginalizados dos benefícios da vida urbana e como são mantidos distantes das outras camadas sociais. Um contraste de luzes e sombras bem trabalhado pelo diretor e produtor. A história nos remete sutilmente aos contos de Cinderela e Gata Borralheira. Onde ver: Tele Cine e YouTube.

Filme Luzes da Cidade (1931).


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