Musical:
O gênero
musical de cinema talvez seja um dos que menos agrada ao brasileiro, mesmo
tendo muitos clássicos nessa área. É difícil entender, pois somos um povo que
tem, de certo modo, a musicalidade na veia. Confesso que os musicais de
animação da Disney sempre me cansavam um pouco, ainda bem que eles diminuíram a
dose, mas não deixaram de ter sempre uma canção que ‘casa’ bem e, de certo
modo, explica a história. Trago aqui alguns grandes musicais e suas belas
mensagens. Há sempre um romance no ar, mas se pode perceber outros temas
paralelos que ajudam a refletir, além de divertir. Uma coisa que sempre
recomendo é nunca assistir um musical se estiver cansado ou tarde da noite...
“A Noviça Rebelde”, 1965. Direção:
Robert Wise. Podemos até considerar uma sessão da tarde, mas é um clássico
dentre os tantos musicais de Hollywood. O filme, inspirado em fatos reais,
conta a história da religiosa Maria, que sai do convento para se tornar a
governanta dos sete filhos do capitão Georg von Trapp, um viúvo cabeça-dura. A
história tem como cenário os Alpes austríacos. O bom humor e a inventividade
musical de Maria conquistam as crianças e, aos poucos, o coração do pai.
Ambientado no ano de 1938, o filme traz o clima político da época sob a ameaça
nazista. Muitas das canções desse filme tratam da alegria que se encontra nas
coisas comuns, mas em vários momentos a música é usada para superar o medo ou
para salvar do perigo. “O otimismo irresistível do filme não deriva apenas das
montanhas que revivem ‘ao som da música’ (na letra da canção original inglês do
filme, ‘The sound of music’), mas de sua mensagem de que a honestidade e a
bondade são defesas contra o mal’ (O Livro do Cinema). Onde ver: Google Play e
YouTube;
“Um Violinista no
Telhado”, 1971. Direção: Norman Jewinson. Esse musical mistura drama e comédia,
situado no início do século 20 em um vilarejo de Anatevka, interior da Rússia,
numa comunidade judaica, vive a família de Teby, formada por ele, sua mulher Golden
e suas cinco filhas. O comportamento de todos é marcado pela tradição, onde a
figura materna representa o esteio de preservação da cultura. Não faltam os
personagens que representam essa cultura: a casamenteira, o rabino e o mendigo.
As mudanças externas levam a comunidade e as pessoas a verem as coisas de forma
diferente. De forma descontraída, o filme leva a refletir sobre mudanças,
muitas vezes gerados por fatos que acontecem de forma distante, mas que aos
poucos vão se aproximando e mudando a nossa realidade. Como lidar com essas
mudanças e as resistências que as acompanham? Bonito, engraçado, reflexivo.
Globo de Ouro de melhor filme cômico ou musical e melhor ator em comédia; Oscar
de melhor música Original, fotografia e mixagem de som. Onde ver: Google Play e
YouTube;
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