Drama:


“Cafarnaum”, 2019. Direção: Nadine Labaki - A história se passa no Líbano, onde um garoto, que está preso, resolve processar seus pais, negligentes e abusivos, por tê-lo colocado no mundo e que a justiça os proíba de terem novo filhos. O que parece um absurdo vai revelando uma cruel realidade que acompanhamos em flashes do passado desse garoto. Mesmo não sendo uma história real, leva a uma profunda reflexão sobre as pessoas levadas a viver na extrema pobreza e daqueles que vivem de maneira irregular em outros países e do tráfico humano. “O filme apresenta os inúmeros problemas sociais que se emaranham e criam um ciclo de abandono que parece não ter fim. A miséria é mais do que a simples falta de dinheiro e oportunidade e a obra de Nadine Labaki evidencia que não há soluções e nem julgamentos fáceis. Combater a pobreza envolve lidar com muito mais questões do que se imagina” (Thais Campolina – Delirium Nerd [site]). Onde ver: Prime Video (não sei se ainda está na HBO GO).

Trailer do filme Cafarnaum (2019).


“Dois Estranhos”, 2020 – Direção: Travon Free, Martin Desmond Roe. A Netflix é de longe o serviço de streaming com mais indicações ao Oscar esse ano. Esse curta-metragem traz à tona a questão racial sempre presente nos EUA, mas particularmente nesses últimos conflitos entre negros e policiais brancos. Temos aqui uma clara homenagem ou referência a George Floyd. Um artista negro acorda e se vê envolvido num incidente com um policial e acaba morto. Depois o vemos acordar desse pesadelo que volta a repetir-se até o mesmo se dá conta de estar preso numa situação inevitável, por mais que ele tente resolvê-la. Uma mensagem nada positiva... “A grande questão é que, dado o momento em que vivemos, podemos ter esperança de que haverá um final bom e pacífico? Ou estamos presos num loop inquebrantável de dor e preconceito? Essas e outras questões nos permeiam, mas vê-las em tela de forma tão brutal e cruel chega a ser incômodo, perturbador e perigoso. A percepção que se desperta é a de que um assunto tão delicado e sério foi utilizado como lobby, já que o filme é um dos favoritos na corrida do Oscar” (Pâmela Eurídice – Cine Set [Site]). Onde ver: Netflix.

Trailer do filme Dois estranhos (2020).


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Virgem Maria (2024)

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  “Virgem Maria” , 2024. Direção: D. J. Caruso. Tomando alguns tópicos do livro apócrifo “Evangelho de São Tiago” (não aceito como ‘revelado’ pela Igreja) o filme constrói uma mirabolante história em torno da Virgem Maria que vem desde a sua concepção por Ana, até a sua chegada ao Templo para apresentar o Menino Jesus. Há muita licença poética em todos os sentidos, transcende história e cultura (imprecisões), para mostrar uma Virgem Maria diferente, apesar de não cometer, aparentemente, nenhuma heresia. Eu diria que o filme exagera ao tentar construir uma história com uma linguagem mais próxima de nossa época sobre o papel de Maria na história salvífica. José parece meio patético. Maria é tentada ao estilo “Paixão de Cristo” de Mel Gibson, com a constante presença de Lúcifer. O anjo Gabriel é uma figura ‘meio-termo’ com suas tatuagens e roupagens. Enfim: não recomendo. Onde ver: Netflix. Trailer do filme disponível o YouTube.
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Dica da semana:

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“Jurado n. 02”, 2024 - Direção:   Clint Eastwood. Drama. - Talvez esse possa ser o último filme desse cineasta de 94 anos que não chegou aos cinemas e foi diretamente para o streaming. Temos a história de um homem, prestes a tornar-se pai, que é convocado para compor o júri de um possível assassinato de uma jovem por seu namorado. Logo ao saber de como se deu a morte da jovem ele percebe que pode ter algum envolvimento com o acontecido e entra num dilema moral de não poder revelar seu envolvimento para não abandonar sua família e ao mesmo tempo como influenciar os demais jurados para absolver o réu? Bom, bem ao estilo do diretor, apesar do final em aberto.  Trailer do filme disponível no YouTube.
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Gladiador II

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  “Gladiador II”,  2024. Direção: Ridley Scott. Hollywood, na falta de criatividade e na busca de fazer caixa, tem optado por refilmagens ou sequências. Esse é um desses, mas não de todo ruim, como tem se provado outros filmes. O filho de Maximus, Lúcios, que havia escapado de Roma, retorna agora, sob outra identidade e como escravo tornado gladiador, profundamente carregado de desejo de vingança depois da destruição de sua cidade e da morte de sua amada. Sem perceber ele se torna um joguete de interesses pelo poder. Não tem a glória do primeiro, mas diverte e surpreende por algumas situações novas que possivelmente ocorreram no Coliseu. Vale conferir. Nos cinemas.   Trailer do filme disponível no YouTube.
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Luz, Câmara, Ação!

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