Drama:


“O Caderno de Tomy”, 2020. Direção: Carlos Sorín. Esse drama argentino, inspirado em fatos reais, nos traz a história de uma jovem senhora que em seu tratamento de câncer descobre que não há mais nada a fazer. Numa primeira etapa é preciso amenizar a dor (paliativo), num segundo momento será preciso induzir ao estado de inconsciência. Ela é casada e tem um garotinho, Tomy, de quatro anos, para quem resolve escrever e partilhar algumas coisas sobre a vida. Nesse meio tempo tem os amigos que lhe cercam e as decisões a serem tomadas. Enquanto isso, ela partilha nas redes sociais seus sentimentos, os altos e baixos que atravessa, com humor, ironia e revolta. Há um discreto debate sobre a eutanásia.  O cinema argentino não costuma ser apelativo. É quase sempre regado por uma realidade intrínseca, em uma proximidade muito realista e humana com o público. [...]O Caderno de Tomy, nesse sentido, não carrega nada de inusitado, foge de apelações e não somente se aproxima do espectador com a realidade, mas é o retrato de uma história real. O diretor Carlos Sorin opta por trazer tudo de maneira crua e sem arrodeios. O próprio roteiro, também de Sorin, baseia-se em um fato público e não procura o encher de frases de efeito e diálogos expositivos. Está tudo ali, nu, claro” (Sihan Felix, no site ‘Canaltech’). Onde ver: Netflix.

 

Trailer do filme O Caderno de Tomy (2020).


“Sete Minutos Depois meia-noite”, 2017. Direção: Juan Antonio Bayona. Com ótimas atuações, o filme nos traz um garoto (Connor) que se sente invisível, tem que lidar com o ‘bullying’, com a ausência do pai e uma avó ‘complicada’. Ele é apegado à mãe, que sofre de um câncer terminal. Connor preste a fazer a passagem para a realidade do luto. E para isso embarca num mundo de fantasia através dos diálogos que trava com uma árvore monstro (voz de Liam Neeson) que lhe aparece sete minutos depois da meia-noite. Com um enredo desses, o filme tenderia a caminhar na fina linha entre o melodrama forçoso e a emoção genuína. Mas – e essa é a boa notícia – desequilibra para o segundo lado. [...] Portanto, partindo de um ponto inocente – e até clichê – da “busca pela identidade”, Sete Minutos Depois da Meia-Noite resulta em uma metáfora madura sobre como lidar com uma conjuntura tão triste quanto inevitável: a iminência da perda de um ente querido. Ainda mais numa fase em que se é ‘velho demais para ser criança e muito novo para ser um homem’. O choro é livre. E genuíno” (Renato Hermsdorff – Adoro Cinema). Além de outras premiações, ganhou o Goya de melhor filme, roteiro adaptado, atriz coadjuvante. Onde ver: Prime Video.

Trailer do filme Sete Minutos Depois da meia-noite (2017).


 

Comentários

Postar um comentário

Outras postagens

Fargo, Uma Comédia de Erros

Ripley (2024):

Duas dicas:

Comédia: “Antes de Partir”, 2007

Luz, Câmara, Ação!

Oscar 24

Ficção/Ação:

A Sabiá, Sabiazinha (2021)

Dicas da semana:

Druk – Mais uma rodada