Drama:
“Uma Prova de Amor”, 2009. Direção: Nick Cassavetes. É provável que você já tenha visto esse filme numa sessão da tarde da Globo, onde certos filmes se repetem de modo quase interminável. Com ar novelesco e com bons atores, o filme conta história de uma adolescente que dede criança faz tratamentos pesados contra a leucemia. O enredo é criado em torno da família, que muda por completo sua rotina para salvar a vida da jovem Kate. Inclusive, por orientação médica, os pais geram um filho de proveta que fosse compatível com a jovem, na tentativa de curá-la (e aqui temos um ‘nó moral’ na história). “Todos no filme dão prova de amor, amor verdadeiro, cristão. Porém, a maior prova de amor é dada por aquela que estava acamada. A relação que essa jovem estabelece com o sofrer e a dor nos faz questionar sobre até que ponto somos capazes de pensar nos outros e não em nós mesmos e de dar a vida pelos amigos, como foi a orientação de Jesus” (Pe. Luís Erlin, cmf – Revista Ave-Maria). Onde ver: YouTube;
“Menina de
Ouro”, 2004. Direção: Clint Eastwood. Eis aqui um filme bem composto, mas
nitidamente problemático em certas temáticas que desfilam no longa. O pano de
fundo da história é o boxe. Frankie é um veterano treinador, dono de uma
academia fracassada. Eis que surge Maggie, uma garçonete que sonha se tornar
campeã feminina de boxe e insiste para que Frank a treine. Nessa mesma
academia trabalha Eddie, um boxeador aposentado, como zelador. Logo
conheceremos as feridas que carregam da vida. Você se surpreende e se emociona
com a trajetória da boxeadora e o seu treinador. Mas os trinta minutos finais
são problemáticos. O filme lhe tira lágrimas e faz uma apologia a
eutanásia. “Um filme que se propõe a ser tão profundo, discutindo o
amor, amizade, respeito, família, derrotas... Diz não à vida, com moral de
final feliz. Derrota por nocaute, sem dar a chance de entender os nossos reais
adversários. Uma pena, para uma obra que tinha tudo para ser um poema à vida” (Manuel
Bomfim – Revista Cidade Nova). Oscar de Melhor Filme, Diretor,
Atriz e Ator Coadjuvante. Onde ver: não encontrei nos streamings mais
populares...
“A Partida”, 2009.
Direção: Yojiro Takita. Do cinema japonês (sim, tem muita coisa interessante
para além do cinema americano...) nos vem a história de Daigo Kobayashi, um
violoncelista que, desempregado, responde ao anúncio de uma funerária. Ele começa
a trabalhar como “Nokanshi”, uma espécie de agente funerário, responsável por
preparar o corpo, coloca-lo no caixão e enviar a pessoa que morreu para o outro
mundo, agindo como um guardião entre a vida e morte. Porém, seu trabalho é
desprezado tanto por sua esposa quanto pelas pessoas a sua volta, mas através
da morte é que ele começa a descobrir o verdadeiro sentido da vida. “A beleza
criada pelos artesãos do post mortem alenta aquilo que é característico da morte:
sua tragédia, seu inevitável e seu desconhecimento. Morrer pelas mãos de Daigo
ressoava como um passo ao infinito, igual ao tempo que se percebe pela morte e
que é um tempo infinito que é o da música que nunca deixou de tocar enquanto
Daigo tocou o mundo, sem fim” (Bernardo G. B. Nogueira – Artrianon). Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2009. Onde
ver: talvez em alguma boa locadora...
O filme "A partida, 2009" nos ensina como falar sobre a Morte, é uma grande responsabilidade, e retratá-la com tanta poesia e respeito, torna esta película muito especial. Vale muito a pena ser visto!
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