Ficção Científica/Fantasia:
O cinema começou suas primeiras exibições por esse caminho, sendo
ele mesmo uma inovação tecnológica, despertando as fantasias e sonhos que
carregamos seja com relação ao presente, mas particularmente olhando o futuro.
Comumente o enredo gira em torno de uma viagem espacial, viagem no tempo,
universos paralelos, mudanças climáticas, vida extraterrestre ou mesmo o futuro
da sociedade em seus avanços tecnológicos. Se inspirando em livros ou
quadrinhos, muitos filmes buscaram essa proximidade com a literatura e a
capacidade de antever conquistas futuras. “Viagem à Lua” (de Georges Méliès)
foi o primeiro filme inspirado nos populares “romances científicos” de Júlio
Verne e H. G. Wells, sendo considerado por muitos o primeiro filme de ficção
científica. Muitas vezes esse gênero de filme vem abreviado por sci-fi ou scifi
na fala ou na grafia de alguns comentaristas ou periódicos. Esse gênero de
filmes foi o preferido da minha adolescência e juventude. Trago aqui alguns que
julgo interessante de se ver.
“Gravidade”, 2013. Direção: Alfonso
Cuarón. Três astronautas, uma mulher (Sandra Bullock) e dois homens, fazem
reparos do lado de fora do ônibus espacial Explorer quando são avisados que uma
onda de destroços vem na direção deles, sem tempo para entrar no ônibus
espacial, são atingidos pelos mesmos. A nave é destruída juntamente com a
tripulação restando ela e um companheiro (George Clooney) que rodopiam pelo
espaço, tentando agarrar-se um ao outro no maior de todos os vazios. A
tecnologia usada no filme é impressionante somada ao som, música, câmeras e
sistemas de iluminação nos levam a mais imersiva experiência cinematográfica já
concebida. “Diz Cuarón que, se a plateia quiser tirar de seu filme simplesmente
essa diversão, a da vertigem, ele já vai ficar bem feliz. Mas ficará ainda mais
satisfeito se ela embarcar também na viagem metafórica de Ryan Stone, que
Sandra Bullock interpreta com garra soberba. Sandra, diz ele, compreendeu de
imediato que havia um tema simples no centro do projeto tão arrojado
tecnicamente: a adversidade. Em particular, como o desejo não só de sobreviver,
mas de realmente viver, costuma ganhar urgência justamente no momento em que a
vida se torna impossível. Daí a profusão de imagens que evocam tanto cordões
umbilicais e ambientes de intimidade uterina como seu oposto – a violência de
ser arrancado deles e lançado no nada” (Isabela Buscov – Veja).
Oscar de Melhor Trilha Sonora Original; Mixagem de Som; Diretor; Fotografia;
Efeitos Visuais; Montagem; Edição de Som; e em outras várias premiações. Onde
ver: Youtube; Netflix.
“Filhos da
Esperança”, 2006. Direção Alfonso Cuarón. Baseado num romance inglês, o filme
fala do presente à medida que aponta para o futuro: no ano de 2027, a
infertilidade é uma ameaça real para a civilização, e o último humano a nascer
em anos acaba de morrer. Não há mais criança em lugar nenhum do mundo que,
apesar disso, ainda se acha superpovoado. A Inglaterra está expulsando de modo
violento todos os estrangeiros do país. Frente a um cenário pessimista sobre o
futuro, um burocrata desiludido se torna o herói improvável que pode salvar a
humanidade. Para isso, ele enfrenta seus próprios demônios e tenta
proteger a última esperança do planeta: uma jovem mulher africana
milagrosamente grávida, descoberta pela ativista inteligente com quem fora
casado. “Cuarón cria um universo visualmente suntuoso em sua gritante
miséria e decadência. Pelas ruas imundas das cidades, lixo e mendigos em
quantidade são matéria-prima para uma cenografia que impressiona mais do que a
de Blade runner (1982), porque se fundamenta numa realidade
que já se observa nos dias de hoje” (Luciano Ramos – Os
Melhores Filmes Novos – Contexto). Onde ver: YouTube; Netflix.
“A Ilha”, 2005. Direção: Michael Bay. Num futuro já concretizado por nós, 2019, um mercenário persegue dois clones que fogem de um centro de pesquisa rumo a um local chamado “a ilha”, o único ponto não contaminado do planeta, depois de descobrirem qual é o seu verdadeiro destino. A clonagem é o tema central desse filme. Com muitas cenas de ação, perseguições, tiros, explosões e uma pitada de romance, a história se desenrola até o clímax. Podemos perceber traços do livro “Admirável Mundo Novo” (Aldous Huxley) ou mesmo de “1984” (George Orwell). “Um dos pontos fortes de A Ilha é a criatividade de Nigel Phelps, que desenhou esta visão do futuro: a arquitetura pública e privada, as instalações tecnológicas, os veículos de terra, mar e ar de A Ilha são tão interessantes quanto sua dramaturgia” (Luciano Ramos – Os Melhores Filmes Novos – Contexto). Onde ver: YouTube;
Maravilhoso
ResponderExcluir