Dramas:
“Passageiros”, 2016 – Fantasia/Ficção científica – 1h56m. Direção: Morten Tyldum. Quase uma sessão da tarde, mas trás algumas premissas interessantes sobre o futuro e sobre o ser humano, sobre o nosso papel no mundo, sobre o amor e a solidão. Numa nave espacial se encontram adormecidos certo número de passageiros que rumam para um novo planeta a ser colonizado, tema bastante explorado nos últimos tempos, como alternativa diante do incerto futuro do nosso planeta. Um desses viajantes desperta, anos antes do previsto sem saber exatamente por que. Ele é uma espécie de engenheiro mecânico e contava com a possibilidade de exercer verdadeiramente sua profissão no novo planeta (o mundo da tecnologia vai substituindo o trabalho humano). A nave é regida por um computador que mantém tudo na sua perfeita ordem. A solidão do nosso viajante ‘desperta’ o interesse em uma jovem escritora ali adormecida. Com seus conhecimentos ele a ‘desperta’ em muitos sentidos. Para não entregar toda a história, eles fazem da nave seu paraíso, mesmo sabendo que vão morrer antes de chegar ao destino final. O filme não chega a ser um clássico, mas desperta a nossa reflexão sobre o significado de cada existência e das consequências de nossas decisões: “Quem está se afogando sempre arrasta alguém consigo” (do filme). Indicado ao Oscar de Melhor Trilha Sonora Original. Onde ver: Netflix.
“O
menino do pijama listrado”, 2008,
Reino Unido. Direção: Mark Herman. Para
quem aprecia um bom drama e com crianças particularmente, é uma boa indicação. Inspirado
em livro de mesmo título. Ainda sobre o terreno do nazismo, conta a história de
uma família de um oficial nazista que vai habitar junto a um campo de concentração
durante a Segunda Guerra (1939-1945). O filho do casal, Bruno, com oito anos, sem
opções recreativas descobre um garoto, Shmuel, um menino judeu, do tal ‘pijama
listrado’ que mora do outro lado da cerca, entre eles se
estabelece uma amizade, a despeito das proibições dos pais de Bruno. O garoto
começa a se questionar: quem são aquelas pessoas? Por que o lugar onde vivem não é
belo e alegre como mostra os vídeos do pai? Um caminho de descoberta entre o
bem e o mal e as consequências das escolhas feitas. Prêmios: British
Independent Film Award: Melhor Atriz. Onde ver:
YouTube e Google Play Filmes
“Milagre na Cela 7”, Turquia, 2019. 132 min. Direção:
Mehmet Ada Öztekin. Esse filme, drama, com leves pitadas de comédia, que também
tem uma criança, é uma refilmagem de um filme coreano de 2013 e talvez tenha
sido uma das sensações da “quarentena” (Covid19). Basta ver a quantidade de
vídeos no YouTube. A história de um
homem que sofre de deficiência mental (Memo) e tem uma filha pequena, criada
pela avó, cuja mãe morreu no parto. Eles vivem num vilarejo da Turquia, onde Memo
é tratado como um maluco. No meio dessa situação, ele vai parar na cadeia por
um crime que não cometeu e aí começa seu envolvimento com os companheiros da
cela 07; enquanto isso a filha espera o retorno do pai. Feito para ‘arrancar
lágrimas’, nos ajuda a perceber a importância de cada vida, mesmo em suas
limitações; as injustiças; a capacidade de mudança que uma vida pode gerar em
outras ou de uma vida que se oferece por outra. Onde ver: Netflix.
“À Espera de
um milagre”, 2000. Direção: Frank
Darabont. Stephen King é mais conhecido por seus livros de terror, muitos
adaptados para o cinema, do que por outras obras de caráter mais dramáticos,
mesmo contendo algo inexplicável ou sobrenatural, com é caso deste filme e do outro que segue. Coffey, um negro acusado injustamente, se
encontra no corredor da morte e lá cria uma amizade com um dos seus
carcereiros, pois seu comportamento se opõe à sua aparência. Aqui temos o velho
tema das injustiças desse mundo e de pessoas com dons especiais. Feito para
emocionar. Oscar de melhor Ator Coadjuvante, Melhor Filme, Melhor Roteiro
Adaptado e Mixagem de som, além de outros prêmios.
“Um Sonho de
Liberdade”, 1994. Direção: Frank
Darabont. Andy foi condenado injustamente por um crime que não cometeu. Ele é
mandado para um presídio de péssima fama. Lá ele faz amizade com Red, que
controla o mercado negro da instituição. Durante dezenove anos ele sofre as
brutalidades da prisão, se adapta e sobrevive. Uma homenagem ao espírito
humano. Prêmio da Academia Japonesa de
Cinema e ASC Award para melhor Fotografia de Cinema. Onde ver: YouTube e Google Play Filmes.
“A Senhora da Van”,
2016. Direção: Nicholas Hytner. Estamos em Londres, 1970. Após um acidente sem
culpa, Mary Shepher (Maggie Smith), uma senhora idosa, passa a morar numa van
que vai estacionando aleatoriamente, até adotar um bairro onde os moradores a
evitam por sua falta de higiene e suas bizarrices. Mas ela encontra a simpatia
e tolerância do escritor Alan Bennett que lhe cede a própria garagem para
deixar sua van; o que seria algumas semanas se transformam em longos 15 anos. A
partir dessa aproximação dos dois, vamos conhecendo a sua história. O filme é a
adaptação de uma peça teatral escrita pelo verdadeiro Bennett. Vários temas se
entrelaçam na narrativa, como a conivência de um bairro abastado com um
necessitado à sua porta; como lidar com o diferente e como que lidar com ele acaba
gerando mudança em nós. “Como é o verdadeiro Alan Bennett quem assina o livro e
a adaptação do mesmo para o cinema, é natural que não haja uma mão muito pesada
em relação ao incômodo da pobreza ao lado, tratado mais a partir de comentários
ácidos, típicos do senso de humor inglês, e um certo coitadismo que logo se
transforma numa espécie de “adoção coletiva da figura excêntrica do bairro”. Ou
seja, o explosivo tema que poderia render bastante pela diferença de classes em
um país capitalista de primeiro mundo é naturalmente minimizado, por mais que
permaneça sempre nas entrelinhas” (Francisco Russo – Adoro
Cinema). Onde ver: Netflix, YouTube, Google Play Filmes.
“O
Vendedor de Sonhos”, 2016.
Esse filme é uma adaptação do livro de Augusto Cury sobre um psicólogo, Júlio
Cesar (Dan Stulbach), que decepcionado com a vida tenta suicídio, mas é
impedido por um mendigo (ou louco?). Surge entre eles uma amizade que apresenta
o psicólogo um novo caminho para se viver. Não chega a ser um grande filme.
Meio linear e superficial no seu desfile de frases de autoajuda. Se você for fã de Augusto Cury talvez possa
apreciar esse filme. Onde ver: Netflix, YouTube, Google Play Filmes.
Sugestões anotadas. Obrigada.
ResponderExcluirQue bom, Maria Sylícia! Continue acompanhando as dicas aqui postadas! Abraço.
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