Animação:

 Certamente muito de nós crescemos com as animações da Disney e dos curtas televisivos do Tom e Jerry, O Pica-Pau, Popeye etc. Os sonhos das Princesas, que agora classificam certos filmes, e a simples diversão ou distração, foram dando lugar a desenhos novos e até ‘estranhos’ em seus personagens, aventuras e uma certa violência de alguns. Para mim, a grande mudança veio com a entrada do Studio da Pixar no mercado cinematográfico em sua parceria com a Disney, tanto que a Disney acabou por comprar o mesmo. Desde “Vida de Insetos”, em 1998, as histórias vão gerando um interesse mais universal, feitos não somente para crianças, mas atraindo a atenção dos adultos para um conteúdo mais interessante, motivador e até reflexivo em torno das realidades do dia a dia, mas não menos divertidos. Às vezes fico a me perguntar se as crianças entendem realmente a mensagem que está ali... Com essa inovação da Pixar, outros estúdios passaram a investir em animações mais elaboradas e inovadoras. Teremos muitas animações ‘parecidas’ em seu conteúdo, nem sempre na qualidade. O Studio Disney também tem sua própria plataforma que já deve estar chegando ao nosso país. O mercado Oriental também tem surpreendido em suas animações. Recomendarei alguns para quem aprecia o gênero, sem medo de ser criança outra vez...

“Vida de Inseto”, 1998. Direção: John Lasster. Flik, uma formiga cheia de ideias criativas, mas um pouco atrapalhadas, acaba gerando problema para seu formigueiro quando compromete a cota de alimentos que as formigas devem pagar aos gafanhotos para os deixarem viver. Flik deve buscar uma solução e se alia a outros insetos para resolver o problema. O desenho explora o valor da amizade e da organização que possibilita derrotar qualquer inimigo. Assim temos muitos momentos hilários e reflexivos. Onde ver: YouTube e no Google Play Filmes.

Trailer do filme Vida de Inseto (1998)

“Procurando Nemo”, 2003. Direção: Andrew Staton. Para mim é a melhor produção da Pixar juntamente com “Toy Story”. Marlin é um peixe palhaço que perdeu a esposa e toda a ninhada, sobrando apenas o pequeno Nemo, este, como toda criança, tem dificuldade de obedecer ao seu pai e acaba enveredando numa aventura que obriga o pai, super protetor, a embarcar numa busca por seu filho. Nessa aventura, Nemo conhece Dory, que tem um problema de ‘perda de memória recente’, criando muitas situações hilárias. A amizade entre os dois é um dos pontos chave da narrativa.  Nemo vai viver uma intensa experiência junto a seus novos amigos. O filme gira entorno da amizade dos diferentes, do crescimento, das limitações físicas, das experiências da vida, de superação e paternidade.  Teve uma continuação, que não vi, e um outro filme “Procurando Dory”, que chega a ser engraçado, mas se perde numa linha um tanto dramática, gerando desinteresse. Onde ver: Netflix.

Trailer do filme Procurando Nemo (2003)

“Zootopia”, 2016. Direção Byron Hoeard, Rich Moore. Muitas animações mantêm a velha tradição antropomórfica (animais que falam e se comportam como os seres humanos). Esse filme leva ao extremo com muito humor a vida social dos animais nele retratados. Acompanhamos a história de Judy Hopps, uma coelhinha do campo que deseja tornar-se uma policial na cidade grande. Ela enfrenta o preconceito e as manipulações dos outros animais, mas conta com ajuda de Nick Wilde, uma raposa que logo depois será acusada de um crime que não cometeu. Juntos vão descobrir uma conspiração que afeta toda a cidade. Vibrante e divertido, é considerada uma das tramas mais realistas da Disney. “... é louvável encontrar uma animação infantil que debata, por meio do humor, temas como o preconceito, o machismo, o racismo, a homofobia, o consumo de drogas e as tensões entre classes sociais, sem precisar embutir artificialmente uma história de amor romântico ou familiar. Através da metáfora do comportamento selvagem, a Disney conseguiu representar os perigos que assolam as sociedades intolerantes de hoje em dia” (Bruno Carmelo – Adoro Cinema). Onde ver: YouTube.

Trailer do filme Zootopia (2016)