Drama natalino:


“A Felicidade não se Compra”, 1947. Preto e branco. Direção: Frank Capra – Demorei muito a assistir a esse filme e me surpreendi com qualidade, direção e conteúdo. Um clássico natalino sobre um sujeito bem-intencionado que deseja ganhar o mundo em sua busca de conhecimento e empreendedorismo, mas várias situações o vão deixando cada vez mais preso à sua cidade natal e às necessidades de seus moradores. Perseguido pelas maquinações de Henry Potter, o homem mais rico da região, pensa em tirar a própria vida. Mas muitas pessoas, e até o próprio céu, sabem de sua importância. Um pouco cômico, poético e reflexivo no sentido da importância de uma vida para tantas outras. Onde ver: Telecine; Arte a Lá Carte. 

Trailer do filme A Felicidade não se Compra (1947)




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Virgem Maria (2024)

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  “Virgem Maria” , 2024. Direção: D. J. Caruso. Tomando alguns tópicos do livro apócrifo “Evangelho de São Tiago” (não aceito como ‘revelado’ pela Igreja) o filme constrói uma mirabolante história em torno da Virgem Maria que vem desde a sua concepção por Ana, até a sua chegada ao Templo para apresentar o Menino Jesus. Há muita licença poética em todos os sentidos, transcende história e cultura (imprecisões), para mostrar uma Virgem Maria diferente, apesar de não cometer, aparentemente, nenhuma heresia. Eu diria que o filme exagera ao tentar construir uma história com uma linguagem mais próxima de nossa época sobre o papel de Maria na história salvífica. José parece meio patético. Maria é tentada ao estilo “Paixão de Cristo” de Mel Gibson, com a constante presença de Lúcifer. O anjo Gabriel é uma figura ‘meio-termo’ com suas tatuagens e roupagens. Enfim: não recomendo. Onde ver: Netflix. Trailer do filme disponível o YouTube.
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Dica da semana:

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“Jurado n. 02”, 2024 - Direção:   Clint Eastwood. Drama. - Talvez esse possa ser o último filme desse cineasta de 94 anos que não chegou aos cinemas e foi diretamente para o streaming. Temos a história de um homem, prestes a tornar-se pai, que é convocado para compor o júri de um possível assassinato de uma jovem por seu namorado. Logo ao saber de como se deu a morte da jovem ele percebe que pode ter algum envolvimento com o acontecido e entra num dilema moral de não poder revelar seu envolvimento para não abandonar sua família e ao mesmo tempo como influenciar os demais jurados para absolver o réu? Bom, bem ao estilo do diretor, apesar do final em aberto.  Trailer do filme disponível no YouTube.
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Gladiador II

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  “Gladiador II”,  2024. Direção: Ridley Scott. Hollywood, na falta de criatividade e na busca de fazer caixa, tem optado por refilmagens ou sequências. Esse é um desses, mas não de todo ruim, como tem se provado outros filmes. O filho de Maximus, Lúcios, que havia escapado de Roma, retorna agora, sob outra identidade e como escravo tornado gladiador, profundamente carregado de desejo de vingança depois da destruição de sua cidade e da morte de sua amada. Sem perceber ele se torna um joguete de interesses pelo poder. Não tem a glória do primeiro, mas diverte e surpreende por algumas situações novas que possivelmente ocorreram no Coliseu. Vale conferir. Nos cinemas.   Trailer do filme disponível no YouTube.
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Luz, Câmara, Ação!

Lembro-me dessa expressão utilizada em filmes que tinham um filme sendo feito dentro dele mesmo, ou coisa parecida... Tudo isso para dar asas à imaginação e nos fazer sonhar, rir, emocionar, refletir... Certamente o cinema foi pensado como forma de diversão ou distração, mas ao longo do tempo ele foi se tornando um canal de entretenimento que difundia ideias, mensagens e refletia a realidade. Há um leque de expressões que abarca a sétima arte. Sou fã do Cinema desde que me entendo por gente ou desde a minha primeira experiência ou contato com o mesmo na pequena cidade do interior onde nasci, num lençol esticado no velho mercado que projetava filmes em preto e branco dos velhos ‘bag-bag’ americanos, cheios de cortes.  Quando fui morar em Salvador, comecei a ter contato com as salas de cinema propriamente dita. E daí não deixei de frequentar o cinema semanalmente, juntando todo trocado possível para os ingressos. Houve um tempo em que assistia de tudo que me era possível. Com o tempo...
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Ainda Estou Aqui (2024)

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  “Ainda Estou Aqui”,  2024. Direção: Walter Sales.  O diretor brasileiro nos surpreende com mais um grande filme que tem reflexos em nossa realidade, desta vez a Ditadura Militar no início da década de 70. Inspirado no livro de Marcelo Paiva, um dos cinco filhos, que descreve a prisão e morte de seu pai Rubens Paiva pelo regime militar e a luta de sua esposa, Eunice Paiva, para trazer à tona a verdade do ocorrido enquanto luta para proteger seus filhos e sobreviver à ausência do marido. Com grandes atuações, particularmente de Fernanda Torres, o filme tem as cores saturadas da época e vai do suave ao tenso para nos contar sobre essa vítima do regime militar e suas consequências. Provavelmente o indicado brasileiro ao Oscar. Já traz o prêmio de melhor roteiro do Festival de Veneza. Independente disso já é um grande filme. Nos cinemas. Trailer do filme, disponível no YouTube.
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Animação:

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 Certamente muito de nós crescemos com as animações da Disney e dos curtas televisivos do Tom e Jerry, O Pica-Pau, Popeye etc. Os sonhos das Princesas, que agora classificam certos filmes, e a simples diversão ou distração, foram dando lugar a desenhos novos e até ‘estranhos’ em seus personagens, aventuras e uma certa violência de alguns. Para mim, a grande mudança veio com a entrada do Studio da Pixar no mercado cinematográfico em sua parceria com a Disney, tanto que a Disney acabou por comprar o mesmo. Desde “Vida de Insetos” , em 1998, as histórias vão gerando um interesse mais universal, feitos não somente para crianças, mas atraindo a atenção dos adultos para um conteúdo mais interessante, motivador e até reflexivo em torno das realidades do dia a dia, mas não menos divertidos. Às vezes fico a me perguntar se as crianças entendem realmente a mensagem que está ali... Com essa inovação da Pixar, outros estúdios passaram a investir em animações mais elaboradas e inovadoras. Terem...
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Drama: A Cor Púrpura (1986)

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“A Cor Púrpura”,  1986. Drama/amizade/superação - Direção: Steven Spielberg. Fiquei bastante impressionado com essa história baseada num romance do mesmo nome que denuncia, através de um conto Alice Walker, prêmio Pulitzer), o constante conflito racial dos EUA (veja no mural outros filmes, c lique aqu i ). Temos a história de Célie, uma mulher afro-americana que mora no Sul e que sobreviveu ao abuso e intolerância de seu pai. Ela é dada em casamento e só vê as coisas piorarem. O filme é marcado pela superação constante da protagonista, lutando contra as portas que o mundo lhe fecha, combatendo crueldade com amor, dor com alegria. Não é certamente o melhor filme de Spielberg, mas gosto muito dessa história e do modo como é contada. Apesar das várias indicações ao Oscar, não levou nenhum prêmio, sendo reconhecido em outros setores de premiações. Onde ver: Google Play e YouTube. Trailer do Filme A Cor Púrpura (1986)
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+ Netflix

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  Sendo o streaming mais popular no país, a Netflix oferece sempre novos filmes semanalmente. E com todos os indícios de crise de um mercado cada vez mais concorrente ela tem usado de uma estratégia interessante, adicionando a seu catálogo séries e filmes de outros serviços de streaming. Tudo começou com série da HBO:  “Irmãos de Guerra”;   “O Pacífico”;   “A Sete Palmos”  (três séries interessantes e premiadas) ou séries e filmes da Paramount:  “Yellowjackets”  e  “Top Gun Maverick”  (Não conheço a série, mas vi o filme, continuação de  “Top Gun – Ases Indomáveis” , bom) .  E uma série de filmes de outras produtoras. Assim ela renova seu catálogo sem que seus assinantes precisem buscar em outro lugar séries e filmes comentados pela crítica. Mas gostaria de recomendar dois filmes desse seu extenso catálogo:  “Sociedade da Neve”  recria em excelente produção a história da queda do avião uruguaio na Cordilheira dos Andes em ...
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Há quem aprecie esse gênero, particularmente porque acabamos por nos identificar, nem sempre de modo pleno com a situação, mas com os sentimentos ali partilhados, principalmente pela injustiça, pelo desrespeito à dignidade humana, pelo sentimento de perda, da dor, das dúvidas e das buscas que carregamos... Muitas histórias são inspiradas em fatos reais, e não tem como não nos admirarmos com a capacidade humana de resiliência, de superação... Muitas vidas e histórias são inspiradoras. “Passageiros”, 2016 – Fantasia/Ficção científica – 1h56m. Direção: Morten Tyldum. Quase uma sessão da tarde, mas trás algumas premissas interessantes sobre o futuro e sobre o ser humano, sobre o nosso papel no mundo, sobre o amor e a solidão. Numa nave espacial se encontram adormecidos certo número de passageiros que rumam para um novo planeta a ser colonizado, tema bastante explorado nos últimos tempos, como alternativa diante do incerto futuro do nosso planeta. Um desses viajantes desperta, anos antes ...
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